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Por que bitcoin tende a se valorizar no longo prazo?

O futuro é imprevisível, pois a realidade é mais complexa do que modelos ou que silogismos são capazes de comprovar. Podemos analisar o conjunto de incentivos que cercam o comportamento humano, pois o que sabemos é que o ser humano age, movido pelo auto interesse.

Em um mundo inflacionário, onde bancos centrais constantemente desvalorizam as moedas nacionais de forma a acomodar interesses políticos, a finitude do bitcoin se apresenta como um diferencial competitivo para a moeda. Muitos investidores profissionais entendem que seus investimentos devem remunerar o capital investido acima da inflação anual. O erro dessa análise, na nossa visão, é o entendimento de que inflação é o que consta no índice oficial do governo.

Inflação é um vetor, como muito bem explicou Michael Saylor, um dos maiores investidores em bitcoin. O que isso significa na prática é que você deve medir a inflação de acordo com aquilo que você quer consumir, pois a transmissão da inflação causada por bancos centrais pela economia não é linear. Ela afeta mercados e produtos de maneiras diferentes e em momentos distintos. Olhando para a história de todas moedas FIAT (moedas por decreto/lei), as moedas estatais inevitavelmente perdem valor, pois inflação é uma das três maneiras pela qual estados financiam seus gastos. E ao não ter uma âncora segurando o ímpeto da impressora monetária estatal, tal como foi o ouro no passado, não existe limite de fato para a expansão da quantidade de moeda na economia. É isso que provoca a constante diluição do poder de compra da população.

Ao entender essa dinâmica do dinheiro estatal e a inflação embutida no sistema de forma mais apropriada, compreendendo que bitcoin é de fato finito e seguro, a compra do ativo e sua posse de forma segura e pessoal passa a ser uma consequência natural. Já a volatilidade é parte da equação de um ativo econômico verdadeiramente inovador e nascente. Suportar e aproveitar ela a seu favor requer um entendimento dos princípios do sistema, e por isso existe a Concierge Bitcoin.

Qual é o teto de preço para bitcoin?

Desde que o primeiro preço para o bitcoin foi estabelecido em 2010, com a transação inicial de 10 mil bitcoins por duas pizzas, ocorrida nos EUA, a criptomoeda já valorizou absurdamente. Mas qual é o potencial de valorização desse ativo no longo prazo?

É uma pergunta incerta, pois se o mundo realmente entender o ativo como um porto seguro contra a inflação, não há limites. Se bitcoin tomar o mercado monetário de ouro, de proteção contra a inflação, estamos falando de cerca de 10 trilhões de dólares de mercado, aproximadamente 500 mil dólares por moeda. Seguindo esse tipo de análise, podemos especular sobre outros mercados em que a moeda pode acabar cooptando valor para si, mas o papel aceita tudo. O importante é entendermos se a dinâmica de atração de novos usuários e sua retenção permanecem funcionando por parte do bitcoin. É o caso de fato, com o aumento no número de endereços únicos com bitcoin neles (carteiras).

Para haver uma valorização significativa da moeda, será necessário a adoção por parte de instituições e empresas globais, o que trará o chamado “dinheiro institucional” para dentro do ativo, valorizando-o significativamente de forma repentina.

Quais são os riscos do bitcoin?

A tese por trás do bitcoin foi a de criar uma alternativa ao regime financeiro atual, que interliga diretamente o estado e bancos comerciais. Satoshi inclusive fez questão de deixar registrado na blockchain o auxílio do Banco da Inglaterra aos bancos comerciais devido à crise de 2008, esclarecendo a razão da criação do bitcoin: uma saída para aqueles insatisfeitos com o sistema atual.

Mas bitcoin detém riscos e abaixo listamos os que consideramos os principais:

1) Estados arrumarem as suas contas nacionais, fazendo superávit primário, ou seja, economizando recursos e usando-os para pagar as dívidas acumuladas, que na maior parte dos países desenvolvidos do mundo, já passa de 100% do PIB anual. Se isso ocorresse, a proposta de valor do bitcoin diminuiria. Agora, analisando o cenário político global, a ideia de estados cortarem gastos parece algo inviável politicamente. A impressão monetária e consequente diluição via inflação é o caminho mais fácil para políticos e burocratas perseguirem a adequação das contas públicas, o que implica em passar o problema para indivíduos e empresas, e favorece a busca de alternativas por parte destes.

2) Ataque coordenado por parte dos governos contra o Sistema Bitcoin, com perseguição daqueles que detiverem recursos na rede. Se isso ocorresse, seria certamente um ataque ao preço da moeda, mas a rede em si é virtualmente impossível de destruir. Através do uso de VPN, Thor e outras ferramentas já existentes na internet, é possível mascarar o IP das transações e dos nodos que validam o código. No ethos do bitcoin, muitos se preparam para esse tipo de ataque, e por isso mesmo, minimizam a possibilidade dele ocorrer. Ao atacar a rede bitcoin, o máximo que a jurisdição política pode fazer é se excluir oficialmente da possibilidade de participar da rede. Isso, no entanto, não impede indivíduos de participarem.

3) Ataque tecnológico focado em quebrar a criptografia usada no bitcoin, através de computadores quânticos ou mesmo outra inovação. Embora isso seja uma possibilidade, hoje é especulação. E mesmo que ocorra, os incentivos da rede bitcoin são para que novas tecnologias ajudem a proteger a rede e não para que tentem prejudicá-la, como já acontece atualmente.

Bitcoin é, portanto, um universo novo, completamente transformador e disruptivo. Você decide se é relevante estudar o assunto e entender a utilidade da tese pró-bitcoin para a sua proteção individual. Só lembre que seguro se compra antes do sinistro. Aprenda com a Concierge Bitcoin.

A valorização histórica do bitcoin

Devemos nos perguntar o que explica o bitcoin ter saído da valorização de 0 dólares para o valor que adquiriu hoje (consulte aqui). Será que esse fenômeno se repetirá no futuro?

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